segunda-feira, 9 de novembro de 2009

E acabou-se o que era doce...

Bem, a longa espera pela Alice acabou. E como todos sabem, eu não seria uma boa mãe de dois se mantivesse um blog com o nome de só um, certo?

Então, eis que mudamos de casa. Visitem-nos no


Um beijo a todos e obrigada por nos acompanhar!!

domingo, 1 de novembro de 2009

Enfim, o relato de parto!

Primeira foto oficial

Demorei, mas finalmente estou escrevendo o meu relato de parto. Acho que parte desta demora vem do fato de que, depois deste post, vou encerrar este blog. Não estamos mais Esperando Alice e não tem o menor sentido manter um blog só com o nome dela quando eu tenho outro amorzinho na minha vida, que me gera materiais muito interessantes para o blog! rs

Bem, mas vamos ao que interessa. Eu tive intolerância à glicose durante a gravidez. Não cheguei a ter diabetes gestacional, mas fiquei a um passo disso. E, como eu contei neste post aqui, isso pode dar problemas no bebê ao nascer. Então, entre outros cuidados que fui obrigada a tomar, como cortar todo o açúcar, fiquei avisada pela médica de que a gravidez não passaria da 40a semana.

E as semanas foram passando, passando e nada de trabalho de parto, nada da Alice querer nascer. Na 38a semana, exame de toque: colo fechadíssimo. Na 39a o mesmo. Quando eu estava pra completar as 40, outro exame, com a doutora ainda forçando pra ver se abria um pouquinho o útero e nada. Então, ela olhou pra mim e disse: hoje ou amanhã. Me pegou completamente de surpresa, porque eu até estava preparada para o dia seguinte, mas no mesmo dia? Liguei pro Gustavo (dessa vez eu tinha ido com a minha mãe) pra perguntar a opinião dele, mas a criatura não me atendeu e, no fim das contas, escolhi mesmo para o dia seguinte. Seria uma sexta-feira (melhor pra ele se organizar no trabalho), seria dia 16 (Vítor nasceu num 16 também, mas de janeiro) e o horário seria mais propício pra não receber visitas nas primeiras horas após o parto (ela marcou pro início da noite).

No dia seguinte, eu e Gu fomos comer um café colonial, já que eu teria que fazer jejum absoluto a partir das 10 horas da manhã. Antes disso, levamos o Vítor na escola e o enchemos de beijos (ele já tinha contado pra meio mundo que a irmã ia nascer). Qdo deu 14 horas, estávamos no hospital, dando entrada nos papéis da internação. Logo depois fomos para o quarto. Tinhamos acabado de entrar quando chega minha irmã e meu pai, com um lindo arranjo de flores, fiquei emocionada. Minha irmã fez questão de frisar que, pelo meu pai, ele tava lá antes de mim...kkkk

Eu falando: não tira não!!!


Bem, era pra irmos pro Centro Cirúrgico às 17 horas, mas teve um pequeno atraso e subi por volta das 17h40. Aí confesso que eu, que não estava nervosa ainda, fiquei. Sem contar que caminhar pelos corredores do hospital com aquela bela camisola que tem um rombo nas costas não é nada confortável. Mas cheguei lá, minha médica super simpática conversou comigo e eu fui pra dentro da sala de cirurgia. O anestesista não era lá muito simpático não, mas deu pra perceber que era muito eficiente e isso é mais importante. Sentei na maca e a enfermeira veio me ajudar a ficar na posição certa pra anestesia. Como Gu não poderia ficar na sala neste momento, eu tava me sentindo muito sozinha e fiquei meio receosa. Aí perguntei a ela se eu podia segurar a mão dele, apoio emocional mesmo. E me surpreendi quando ela me abraçou e disse: fique à vontade. Lindo!!!

No fim das contas, a anestesia doeu muito menos do que o soro (esse sim doeu pra cacete!) e eu logo deitei na maca. Senti um enjôozinho e perguntei ao anestesista se era normal. Ele confirmou, colocou um paninho do meu lado e virou meu rosto, disse que seu eu quisesse vomitar seria normal, por isso eles pedem jejum. Mas passou logo.

Gu entrou na sala, todo "uniformizado" e, pela cara, sem um pingo de nervosismo! rs Foi mandado lá pro cantinho da sala e me contou que tinha uma enfermeira que tava só tomando conta dele. Disse que perguntou pra ela: você é a enfermeira responsável pelo pai? E ela: mais ou menos. E riu. Na hora H, dra Adriana falou: pai, tá chegando, vem ver e bater as fotos! E quando Alice nasceu, ela nos disse: olha, se vc não quiser ficar com ela, pode me dar, porque essa menina é linda!! E eu fiquei ainda mais emocionada, que gentileza, né? No nascimento do Vítor o diabo do médico ficou contando sobre uma briga que tinha tido com sei lá quem, aff!

Primeira aparição da nossa princesa!

Aí a enfermeira me trouxe a Alice e, claro me acabei de chorar. Logo ela foi embora e o Gu foi atrás, bem mandado que é. Eu já tinha avisado: eu posso estar morrendo, vc não liga pra mim e vai atrás dela! rs E foi então que comecei a ter muita falta de ar e chamei o anestesista. Não sei se foi da emoção, só sei que meus batimentos que estavam sempre em torno de 98, caíram pra 86. Ele injetou algo em mim e avisou que eu ia ficar com um pouco de sono (deve ter sido um calmante) e fiquei respirando fundo, tentando me acalmar. Era como se alguém tivesse sentado em cima do meu pulmão. Mas logo passou e fiquei quietinha. Terminaram tudo e me levaram pra sala de recuperação, onde toda hora o Gu ia me dar informações sobre a Alice. Marido atenciosíssimo este meu, sabia que eu estava louca pra saber o que tava acontecendo.

Muito prazer. Eu era sua casa, agora sou sua mãe!

Pense numa pessoa feliz e emocionada!

Dessa vez me recuperei super rápido da anestesia, logo eu estava mexendo os pés. E fazia com bastante teatro, que era pra elas verem logo e me mandarem pro quarto. Logo Gu trouxe a Alice, ele mesmo carregando, lindo de se ver. Me entregaram ela, que já começou a mamar. Passados mais uns 30 min, fomos pro quarto. Eu, boba, pensando que talvez meu pai estivesse ainda por lá me esperando, fico de cara de ver que tem uma comissão de frente à minha espera: meu pai, minha mãe, minha irmã e o Vítor, todos ansiosos! rsrs

Aqui ela aprendeu a fazer uma das 3 coisas que ela mais faz (as outras são dormir e sujar a fralda! rs)

A enfermeira foi super simpática e pediu que esperassem um minutinho no corredor, pois iam me mudar de cama e o Vítor poderia assustar com os lençóis sujos de sangue. Rapidinho ela fez a operação e ainda escondeu tudo atrás dela quando ele entrou. Quando todo mundo entrou, né? Olharam, babaram por 5 minutos ou menos foram embora. Por isso amo minha família: ficaram o suficiente pra ver como estávamos e fazer com que eu soubesse que eles se importam e nos amam. E são capazes de entender que aquele é um momento delicado, onde eu precisava de paz e irem embora.

A 1a noite foi a mais cansativa. O soro, o fato de que eu não podia levantar, as enfermeiras entrando toda hora, as mamadas... não dormi direito, nem o Gu. Uma enfermeira o ensinou a trocar as fraldas e ele fez isso durante todo o resto do tempo. Aliás, cuidou de tudo, um amor. No meio da madrugada, um susto: Alice se engasga com algo, golfa umas coisas escuras, levo um susto e grito pro Gu chamar a enfermeira que veio tão rápido que parece que se materializou lá. Eles correm com ela lá pra fora e eu angustiada, esperando notícias. Daqui a uns minutos voltam os dois, ela me pedindo perdão pelo desespero, mas explicou que eram resquícios do parto e que foi preciso uma sucção, que não dava pra explicar primeiro, era preciso agir. E tudo ficou bem.

No dia seguinte de manhã vieram me tirar o soro e me levar pro banho. Tudo bem até que saí do chuveiro e acho que tive uma queda de pressão. Muito glamour sair do banheiro agarrada com a enfermeira, né? rs O resto do dia foi tranquilo, Alice foi mais umas duas vezes fazer exame de hipoglicemia e tudo estava ótimo. Família veio visitar de novo, rapidamente. Meu pai me trouxe duas garrafas de água de coco, pra hidratar (ele sabe que eu amo). De noite veio a médica, me examinou, deu parabéns e deixou a alta assinada pra manhã seguinte. A noite sem o soro e comigo podendo levantar foi muito mais produtiva, descansamos um pouco mais.

Após a primeira noite.

E fomos embora pela manhã, após mais um exame de glicemia na princesa e de furar as orelhinhas (por enquanto não dói, melhor fazer logo). Chegamos em casa e o Vítor tava doidinho pra pegar a irmã, vontade satisfeita logo, né? Com um irmão tão coruja, não custa fazer as vontades! Agora estamos aqui, Alice completou 15 dias fofa e linda. Nasceu com 3,755 kg, saiu com 3,500 e já recuperou o peso que tinha ao nascer. Nasceu com 52 cm e já cresceu 2,5 cm. Não chora pra mamar, só resmunga. Choro mesmo só nos primeiros dias pra trocar a fralda e pra tomar banho, agora tá mocinha e não chora mais. Só se eu não escuto o choramingo, mas é só um choro de 10 segundos, do tipo: "como é, não tá me ouvindo não?"No colinho do irmão

No dia do aniversário da mamãe!

Assim vamos seguindo a vida. Gu ficou comigo a primeira semana, cuidou de tudo. Fazia almoço, lavava roupa, lavava louça, acordava cedo pra levar o Vítor pra escola e ainda trocava as fraldas. Na segunda semana ele voltou pro trabalho e minha mãe ficou comigo. Agora estarei por minha conta. Os dias vão passando, tivemos alguns dissabores que nos magoram muito, mas olhar pros nossos filhos nos alegra e aquece o coração. Nada nem ninguém vai conseguir tirar essa alegria de nós. Porque olhar pra eles e pro nosso amor, faz com que vejamos que tudo o mais pode até ser dolorido e injusto, mas nosso pequeno núcleo familiar tem amor e alegria suficiente pra nos manter e nos levar adiante!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Fotos

Mais algumas fotos da grande estrela deste blog!


Nascendo!

Conhecendo a mamãe pelo lado de fora.

Durante os primeiros exames

Com o papai babão

De banho tomado, linda, né?

Durante a recuperação da anestesia

Pronta pra sair da maternidade


Em casa, no colinho do irmão!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Um dia especial


Hoje percebo uma certa excitação no ar. O Gu não pára de me perguntar o que quero pra amanhã, minha mãe me liga perguntando o melhor horário para que ela e minha irmã venham... e eu sem entender o que é que tem de tão importante amanhã. Afinal, minha mãe é tão de casa que tem o adesivo pra entrar a vontade no condomínio, além da chave da minha casa. Por que diabos ela está me perguntando a melhor hora de vir na minha casa??

Até que a ficha cai: amanhã é o meu aniversário, quando farei 31 anos. No meio de toda essa agitação do nascimento da Alice, esqueci completamente do meu aniversário. E vieram me perguntar o que eu quero de presente de aniversário. Não tenho a menor idéia! O que eu gostaria de ganhar, sendo que tenho uma família linda que acabou de aumentar?

E tudo isso que escrevi aí em cima foi só um preâmbulo para dizer o que eu realmente quero dizer neste post. Muitas vezes, durante esta gravidez, eu me perguntei se eu seria capaz de amar a Alice como eu amo o Vítor. Porque me parecia tão surreal esse negócio de "amar todos os filhos do mesmo jeito". Mas hoje, olhando para essa pequena princesa, eu posso dizer: eu a amo do mesmo jeito que amei o Vítor quando ele nasceu. Do mesmo jeitinho.

Por isso posso dizer, sem medo, que meu presente neste aniversário, já foi dado por Deus: um marido maravilhoso, que se esforça ao máximo pra fazer tudo que é preciso; um filho lindo e inteligente, que eu amo demais e me enche de orgulho a cada dia; e uma filha linda que entrou na minha vida agora e tem enchido meu coração de tanto amor, que nem sinto direito as dores da cesárea, nem de nada mais...

sábado, 17 de outubro de 2009

Alice finalmente veio ao mundo, na noite desta sexta-feira, 16 de outubro. De cesárea, pesando 3,755 kg e medindo 52 cm, grandona, cabeluda e linda! Qdo sairmos do hospital, dou mais notícias!

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Estar nesta reta final da gravidez é como estar sentada na estação esperando um trem. Só que além da estação ficar bem no meio da cidade, onde todo mundo passa toda hora, nem você nem ninguém tem a menor idéia da hora em que o trem vai passar.

Como você está sentada no meio da cidade e tem um monte de gente que você conhece passando toda hora, é obrigada a responder praticamente a mesma pergunta toda hora. São perguntas retóricas, meio que pra mostrar que as pessoas estão interessadas e preocupadas, que gostam de você: "e aí, o trem ainda não passou?", "nem previsão ainda?", "nada até agora?".

São perguntas retóricas, porque as pessoas sabem que se você ainda está ali, é porque o trem ainda não passou. E elas também sabem que não tem como você saber quando é que o trem vai finalmente passar, porque não adianta colocar o ouvido no trilho do trem pra ouvir se ele está vindo. Se você pode ouvir, é porque está tão perto que outros sinais já mostraram o mesmo pra você.

Eu já li um livro de 700 páginas nesse meio tempo, já vi um monte de filmes (no cinema e em casa), já dormi mais do que na minha vida inteira. E nada do trem. Agora estou recomeçando outro livro de umas 600 páginas que li no início do ano, tudo para me distrair enquanto isso.

E segue a espera...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Nada de mudar o nome do blog e sobre visitas na maternidade

Aliás, nunca este nome esteve tão atual, não é mesmo? rs De qualquer modo, até sexta ela estará aqui.

Uma amiga minha, que eu adoro, me lembrou - muito bem lembrado - de que seria bom lembrar aqui das minhas, digamos, restrições, quanto a visitas na maternidade.

É claro que eu vou adorar receber a visita e o carinho de todos que querem conhecer nossa pequena. Só imploro: não me visitem na maternidade. Pra mim, maternidade é hospital. E no hospital eu fico um caco.

Começa pelo parto. Normal ou cesárea, não faz diferença, esgota do mesmo jeito (pra mim). No do Vítor, fiquei cansadíssima, só queria saber de dormir. O que é meio impossível de fazer, quando as enfermeiras entram de duas em duas horas e acendem a luz na sua cara a cada vez que entram.

Aí tem o negócio do soro, os remédios, enfim, não rola. Pra mim aquilo é um lugar de passagem e quanto menos eu ficar lá, melhor. E sem ninguém pra me observar de camisola e arrepiada.

Em casa sou outra pessoa. Lá as visitas são e serão sempre bem vindas!

sábado, 10 de outubro de 2009

E continuamos a esperar


Eu já não sei de mais nada. 39 semanas, ou 38 e alguns dias, não importa. O que interessa é que vamos caminhando para o dead line e nada dessa menina querer sair daqui.

Os únicos sinais que mostram que um dia ela irá sair da barriga são as constantes "descidas" dela, o que demonstra que ela está encaixando. No começo da semana, o bumbum dela ficava quase nas minhas costelas. Na quarta, foi um pouquinho mais pra baixo. Na quinta tivemos consulta e a médica me disse que a barriga baixou 3 cm. Hoje o bumbum acaba de chegar no umbigo.

Aliás, por falar em médica, depois daquele "agradabilíssimo" exame de toque, onde a gente vê estrelas por todos os lados, ela anunciou: nada de dilatação. Prazo final: quinta-feira, 15 de outubro. Se eu não entrar em TP até lá, cesárea no dia seguinte. Vai nascer num dia 16, sexta-feira, assim como o irmão.

E quem diz que caminhar faz a grávida entrar em TP, pode ir tirando o cavalinho da chuva. Só se for uma daquelas caminhadas entre uma cidade e outra, pra pagar promessa. Ou uma maratona. Porque o tanto que eu já andei, já era pra Alice estar aqui faz tempo!! kkk

E essas tais contrações de Braxton Hicks. Tenho desde as vinte e poucas semanas, mas se intensificaram bastante agora. É, eu sei que são uma espécie de "treino" e coisa e tal. Mas pra mim já chega de treino, agora eu quero mesmo é o campeonato. Como diria aquela música pro Romário, " treinar pra quê, se eu já sei o que fazer...". Um beijo pra Margaret, que me animou bastante dizendo que as contrações verdadeiras dela eram exatamente iguais às "falsas", só que em frequência acelerada. Então, vamos acelerar isso aí!! kkkk

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Carta para Alice

Oi minha querida filha

Faz mais de nove meses que estamos coladinhas aqui, uma na outra. Mais específicamente, 38 semanas e 6 dias - se contarmos pelas contas da médica ou 38 semanas - se contarmos pela conta da ecografia. Até aqui, nós temos compartilhado absolutamente tudo, da hora em que eu levanto até a hora em que vou dormir - e quando estou dormindo também.

Nós duas tivemos momentos maravilhosos este ano, não é? Como a primeira vez que tive certeza de que senti você mexer - foi naquele dia em que o Vítor colocou as mãos em concha na minha barriga e falou com você com sua voz de trovão, lembra? E todas as vezes em que ele falava com você, que recebíamos suas mexidas em resposta.

E quando vimos na ecografia que você seria uma menininha. A alegria de todos nós, principalmente do seu irmão, que sempre disse que tinha certeza disso que seu nome seria Alice.

Também passamos por momentos difíceis, uma infecção urinária, uma anemia, uma intolerância à glicose, uma gripe braba... mas nada nos abateu, não é mesmo?

Bem, mas o que eu vim aqui dizer não era nada disso. O que eu vim dizer é que, em breve, você estará aqui, do lado de fora. Eu eu quero te contar as coisas legais que você vai achar aqui deste lado.

Assim que você sair, você vai encontrar uma pessoa com a qual você terá muito contato: eu, sua mãe. Mesmo estando do lado de fora de mim, eu ainda serei a pessoa com a qual você terá mais contato. Eu vou cuidar de todas as suas necessidades, dormir quando você dormir, acordar quando você acordar. Em poucos momentos estaremos separadas. Você vai ver que sou uma mamãe muito carinhosa e apaixonada, extremamente coruja também. Não sou uma mãe perfeita, aviso logo. Cometo um monte de bobagem, fico me sentindo a pior mãe do mundo e super culpada. Mas garanto que sou muito esforçada e que, quando não sei alguma coisa, pesquiso em todos os cantos do mundo até descobrir!

Outra pessoa que você vai encontrar aqui fora é o seu papai. Ele é um cara muito legal e também muito engraçado. Não que ele queira ser engraçado. Normalmente ele é mais quando está sendo normal. Basta dizer que em uma das primeiras vezes em que ele foi na minha casa, enquanto ainda namorávamos, ele conseguiu arrancar o armário do banheiro apenas tentando abrir e de uma outra vez, fez malabarismos com copos tentando beber água. Mas o que eu queria dizer é que ele tem um jeito incrível com crianças, todas adoram ele! Sua avó diz que ele ganharia muito dinheiro se trabalhasse com animação infantil! rs E também é muito carinhoso e apaixonado, você vai ver!

Você também vai encontrar aqui o seu irmão Vítor. Ele tem cinco anos e é um garoto muito inteligente e esperto. Não é só corujisse da mamãe não! Ele foi o primeiro da turma dele a aprender a ler - desde junho. Sem contar que sabe fazer muitas coisas legais. Ele tem me ajudado muito nesta gravidez, pega um monte de coisas pra mim, ajuda a lavar e estender roupa, sempre na maior animação. E ele já fala todos os dias que te ama muito. Tenho certeza de que ele vai querer cuidar muito de você e vai morrer de ciúmes das outrs pessoas chegarem perto de você.

Também vai conhecer sua avó Rosalba, que está sempre aqui na nossa casa, ajudando muito a mamãe e o papai. Foi ela quem praticamente lavou e passou todas as suas roupinhas, ela fez questão! Também tenho certeza de que ela vai tentar estragar a sua educação, igualzinho ela faz com seu irmão, deixando ele fazer tudo o que ele quer! kkkk Coisas de vó!!

E tem também seu avô Maurício, que está só esperando você nascer e ele poder te curtir um pouco pra mudar de vez pro barco dele. É, ele vai morar num barco!! Aliás, você também vai velejar, como ele, eu e seu irmão. Até seu pai já velejou, sabia? Bem, seu avô vai levar você e seu irmão pra passear no parque e fazer coiss muito legais, você vai ver.

Tem também a sua tia, dinda do seu irmão, a Paulinha. Cuidado, porque a primeira coisa que ela vai querer fazer com você é morder seu pé! kkkk Ela é uma menina muito doce e carinhosa, mas que sabe como ficar brava de verdade - não exatamente com vocês, fique tranquila. E tem duas cachorrinhas muito lindas e sapecas que você vai adorar, se você não for como seu irmão, claro. E também terá o tio Davi, marido dela!

Ah, não podemos esquecer da sua dinda, a Márcia!!! Sua dinda é muito, muito, muito babona e também muito, muito, muito prestativa!! Ela ajudou muito a mamãe nessa gravidez inteira, em um montão de coisas! Ela também é minha dinda de casamento e, entre outras coisas, é a responsável pelas lindas fotos da nossa gravidez. Ela tem uma família muito linda e simpática, que consideramos como nossa também.

Claro que vai ter mais um monte de gente! Tem seus avós lá de Batatais e toda a família de lá, tem todos os amigos da mamãe e do papai, tem a família da mamãe lá de Juiz de Fora e do Rio de Janeiro... ufa! Inclusive, tem sua bisavó, de quem você está herdando este lindo nome: Alice. Ela é uma mulher excepcional, com uma docilidade impressionante, somada à uma grande inteligência e perspicácia. Você terá muito a honrar com este nome! rs

Então, minha filha, vamos começar a se preparar para sair deste aconchegozinho aí de dentro e vir para o mundo aqui de fora. Até porque aí está começando a ficar muito apertado e aqui vai ser muito mais espaçoso - e divertido. Há um mundo inteiro de cores, sabores, cheiros e muitas outras sensações, todo esperando por você. E sua família está toda a postos pra te guiar por ele!

domingo, 4 de outubro de 2009

E vai chegando a hora...

Eu não sei ao certo quando a Alice vai chegar. Sei que os sinais estão começando a aparecer: não consigo mais andar 5 minutos sem me acabar de cansaço, o quadril já está sentindo mais a pressão e o peso, as contrações estão começando a doer pouquinho.

Agora está tudo definitivamente pronto: já coloquei a necessaire na mala, já lavei o pijama que a dinda Márcia me deu, já compramos as lembrancinhas e o aviso da porta da maternidade.

E vem a parte mais difícil: esperar...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Novidades

Sei que demorei a postar aqui, mas é que pra mim o tempo parece que está se arrastando, nada novo acontece! Mas vamos ao pouco que tenho a contar:

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Já está tudo pronto, faltam apenas alguns pequenos detalhes, nada importante (colocar escovas de dentes na mala, etc). Meu pai desistiu de ir de novo pra Angra e vai ficar por aqui mesmo, já está na hora dela nascer e ele não quer perder.

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Esta semana fizemos ecografia e ela está com 50 cm e 3,050 kg. Grandona, né? E faz dois meses que eu não engordo nada, só a barriga que aumenta e aumenta. Isso significa que estou emagrecendo e ela, usando as minhas reservas. Pode usar todas e mais um pouco, viu filhota?


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Desde ontem estou de atestado. Ando sentindo muito soninho por conta da pressão, que tá baixinha. Assim posso descansar melhor, sem ficar me preocupando demais porque não tô dando conta mais das coisas direito, não como eu fazia antes. Acho que é a fase mesmo, eu gostava tanto e agora estou completamente sem pique.


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Consulta com a GO, ela olha pro calendário e diz: quer marcar pro dia 14? E eu: ah, mas eu queria tanto entrar em trabalho de parto!! Então ela: é mesmo, esqueci!! Vamos esperar então, ué!

Bem, vamos aguardar até o dia 18/10 que a Alice queira nascer, depois disso marcaremos uma cesárea. Isso dá uma ansiedade danada, mas sei que vai ser melhor pra todos nós.

Pra quem achar que não vai saber quando ela nascer, fique tranquilo. Do hospital mesmo vou atualizar o blog, pra contar as boas novas, viu?

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Participação especial - o papai entra em cena

Fazia tempo que eu tentava, mas só agora consegui: a participação especial do Gustavo aqui no blog, falando sobre este momento tão especial para nós!

"Ela está chegando! Basta pensar, que vem o frio na barriga. Um misto de sensações difíceis de identificar, entender e exemplificar.

No começo, a procura racional para entender o que mudará em nossas vidas: trabalho, o tempo, as prioridades, alguns hábitos, mas depois, o entendimento de que se trata de algo muito maior, mais complexo.

Então não há como evitar, como pai, de lembrar os velhos momentos que passei com meu pai, todo o amor que recebi, os ensinamentos, as partidas de futebol só com ele, a primeira queda da bicicleta e o aprendizado de que devemos levantar e continuar tentando. As memórias se confundem com emoções. Passei com sensações semelhantes com o Vitor e tudo que quero é que todo o amor que recebi seja repassado. Pensar que agora estarei na outra ponta, sendo meu pai, diferente, é claro, mas com o mesmo objetivo: fazer com que aquele pedacinho de gente que está para nascer seja feliz.

Saber que o relacionamento entre pais e filhos nasce naturalmente com um amor incondicional só torna tudo mais bonito. Novamente difícil explicar, mas como explicar também o imenso amor que sinto por minha mulher?

Sim, não deixo de lado o meu amor pela Thaty, a mulher carinhosa, cuidadosa e maravilhosa que conheci e que a cada dia faz aumentar ainda mais o meu amor. Aguenta as dores e incômodos da gravidez, calcula metodicamente cada item do nascimento e ainda guarda tempo para amar os homens da casa. De fato, a parte mais difícil foi reservada às mulheres.

E a Alice está chegando, e eu na ansiedade: será que vai dar tudo certo? Quando vai acontecer? Será que ela vai ter cabelo? E por aí vai...

Mas uma coisa é certa: algo maravilhoso está para acontecer!

Gustavo Z. Passagem"

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Faz um bom tempo que estou com este post na cabeça, mas eram tantas idéias que até chegar aqui ia demorar um pouco. Até porque eu queria colocar primeiro um lindo post que o Gu fez sobre a gravidez, mas percebi que este é um momento muito bom para falar sobre isso. Em parte por causa de uma pessoa que fez um comentário infeliz em um grupo que fazemos parte no twitter, onde nos entitulamos #clubedabarriga e #turmadabarriga. E esse comentário infeliz magoou muita gente e causou grande furor nas nossas discussões - e com razão.

Quero deixar bem claro que não sou psicóloga, médica ou qualquer outra especialidade apta a avaliar profissionalmente esta situação. Tudo o que eu vou falar aqui vem da minha própria experiência, de uma gravidez anterior, de mãe e dessa gravidez. Além do mais, não acho que minha opinião seja universal ou onipotente. Tenho plena convicção de que muitas pessoas não vão concordar comigo e não tenho problema nenhum quanto a isso. Só peço que, se forem se manifestar, por favor sejam educados.

Mas chegando enfim ao assunto, já faz algum tempo que temos, no País, um grande embate entre o parto normal e o parto cesariano. O que deveria ser apenas uma questão de foro íntimo, uma escolha pessoal, acabou virando uma guerra entre as mulheres, com direito a defensores radicais dos dois lados. E, claro, tem causado muita mágoa e frustração em muitas e muitas mulheres.

É fato que a cesárea no País tem alcançado índices alarmantes. É fato também que a maior parte dos médicos prefere abertamente a cesárea, principalmente pela rapidez e praticidade que é para eles. Também não é segredo que as informações sobre o parto normal são escassas e que as mulheres são facilmente "enganadas" pelas desculpas esfarrapadas dos médicos.

Acontece que fazer como o governo fez e colocar uma mera propagandazinha com uma famosa dizendo que o parto normal é muito melhor para a mulher não vai convencer ninguém a desistir de uma cesárea. Por que ela faria isso, se eles não acrescentaram informação nenhuma, nada que esclareça de verdade as dúvidas das pobres grávidas que ficam no meio desse fogo cruzado.

Eu sei que pouco posso dizer do parto normal, só o que minha mãe me conta do meu e do da minha irmã (ela era ótima: sentia dor, ia pro hospital e praticamente cuspia o bebê) e o que algumas conhecidas me dizem. O Vítor nasceu por meio de uma cesárea, mesmo depois que eu me informei muito sobre as duas opções. Mas isso é uma outra história, longa, que eu conto depois.

Vamos voltar ao princípio. Quando te falam de parto normal, qual é a primeira coisa que vem à sua cabeça? Aposto que é uma cena de filme ou de novela, a mulher urrando que nem uma louca, não é? Dá pra acreditar que pode ser de outro jeito, se ninguém nunca nos mostra o outro lado da coisa?

Acontece que vivemos em uma sociedade que não suporta sentir dor. Desde pequenos somos ensinados: tá com dor de cabeça? Tome um doril. Tá com febre? Tome uma dipirona. Chegamos a um ponto em que, se temos uma decepção amorosa grande, ou sofremos a perda de um ente querido, nos indicam um antidepressivo, mesmo que temporariamente. Nós não somos ensinados a lidar com as nossas dores, nem físicas, nem morais. Há um tempo saiu uma reportagem muito boa sobre isso em uma revista, como Veja ou IstoÉ, mas não consegui achar nas minhas buscas pela internet.

No meio de tudo isso, vem a história do parto normal. Como é que podem nos culpar?? Tudo o que sabemos desse tipo de parto é que dói, muito. E não fomos ensinadas a lidar com a dor, como querem que entremos de cabeça sem questionar, sem sentir medo? Sim, algumas vezes somos informadas de que é melhor para o bebê, que é natural, que nosso corpo saberá o que fazer. Mas só isso não são informações suficientes para superar uma vida inteira de aprendizado que tivemos antes.

E então, somos massacradas por ter medo. Como assim?? Quer dizer que a vida inteira somos ensinadas que existem remédios para todos os tipos de dores, mas na hora de sentir o que todos falam que é a maior dor que uma mulher pode sentir, temos que ser bravas e corajosas? E mais: sabendo que existe um método praticamente indolor, como tudo o mais que aprendemos antes.

Não vai adiantar dizer que a recuperação da cesárea é horrorosa, que ficar amarrada na mesa de cirurgia é desumano e etc e tal. Porque existem outras pessoas que passaram por essa experiência e nos mostram que não é tão horrível assim (eu sou uma delas). O medo que muitas mulheres sentem de não suportar a dor é MUITO maior do que tudo isso.

Aí vem a pior parte. Além de termos medo, somos obrigadas a calar nosso medo, porque somos execradas se dizemos que optamos pela cesárea. Dizer que marcou uma "cesárea eletiva" hoje em dia é quase que o mesmo que dizer a um católico de antigamente que você tem um pacto com o diabo. E muitas mulheres acabam se enganando, dizendo coisas com as quais absolutamente não concordam somente pelo medo desse massacre que é feito.

Eu, particularmente, gosto da idéia do parto normal. Mas serei MUITO sincera aqui, mais do nunca: tenho muito medo. E olha que me considero uma pessoa esclarecida, tenho vários livros sobre parto normal, já participei de muitos fóruns de discussão, sei o que é e o que não é motivo para uma cesárea. Mas não sei o principal: qual é o meu limiar de dor. E pensar que a dor pode ultrapassar esse limiar, ser mais do que eu posso aguentar, me aterroriza. Por isso, sei que tudo o que quero agora é esperar entrar em trabalho de parto, isso é o importante pra mim. O resto? Não sei, vou esperar pra ver na hora. Mas tenho convicção de que posso fazer isso, porque me informei o suficiente pra saber o que fazer. E não vou me sentir culpada em nenhumas das opções. Isso é o mais importante pra mim.

Sei que não sou ninguém pra dizer o que vocês devem ou não fazer. Mas se posso dar um conselho (que pode ser jogado fora se não encaixar nas suas vidas) é: informem-se. Leiam tudo o que puderem sobre o parto normal e sobre a cesárea. Não importa se estão no primeiro ou no último mês de gravidez, nunca é tarde demais pra fazer isso. E ao tomarem suas decisões, não deixem que pessoas de fora interfiram nela. Não tomem suas decisões pensando no que os outros vão dizer, não tomem suas decisões por medo de serem criticadas. Encarem isso como a primeira das muitas provas pelas quais vocês irão passar depois que o bebê nascer. Porque não se enganem, vocês serão criticadas, muitas e muitas vezes, pelo jeito que educam seus filhos. Não interessa que jeito é esse, sempre vai ter alguém para criticar. E vai ser a hora de praticar o "sorriam e acenem".

Sabem qual é a melhor decisão? Aquela que se encaixa melhor no seu jeito de ser, na sua filosofia de vida. A melhor decisão é aquela na qual você tem firmeza, aquela que sai do seu coração. Afinal, vai essa vai ser uma das primeiras decisões que você terá que tomar na vida do seu filho, é a transição da vida de filha para a vida de mãe. Você será responsável por uma vida, dela depende as suas decisões. Então, pese muito bem os valores pelos quais esta decisão será tomada.

E pra quem criticar o que você decidir? Ah, simplesmente sorria e acene!!

Tática do "Sorriam e Acenem"


Você assistiu o filme Madagascar? Não??? Tudo bem, eu vou explicar então. Se você já viu, tenha um pouquinho de paciência e leia um pouco mais...rs

No filme tem alguns pinguins que querem, desesperadamente, fugir do zoológico. A tática deles pra conseguir isso é cavar um túnel. O que eles fazem da seguinte maneira: enquanto uns cavam, os outros ficam do lado de fora, sorrindo e acenando para o público, que adora a exibição. Assim eles disfarçam o que realmente estão aprontando.

O que isso tem a ver com gravidez? É o seguinte: já faz um tempo que utilizo essa tática pra algumas coisas. Principalmente quando as pessoas bem intencionadas vem nos dar palpites sobre coisas nossas, como por exemplo, como o nome do nosso bebê é convencional/estranho demais, como a nossa barriga tá imeeeeennnnssaa e com certeza devem ter dois ali, todos os benefícios do parto normal (geralmente nunca passaram por um, mas o palpite é o mesmo), como somos malvadas deixando nosso bebê chorar pq tá na cara que ele está com fome/sede/frio/calor ou seja lá mais o que for.

Então, nessas horas, tire o sorriso do bolso e balance levemente a cabeça para cima e para baixo. Sinta-se um pinguim do Madagascar. Enquanto isso, repasse mentalmente a lista de coisas que ainda faltam para comprar e vai pensando em qual item será o próximo, ou pense nos detalhes da decoração do quarto do bebê, ou seja, em coisas realmente úteis.

Essa tática foi desenvolvida especialmente para preservar a sanidade mental das pobres gestantes. Detalhe: também funciona maravilhosamente bem com sogras!

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Coisas que aprendi com a 1a gravidez

De tanto bater papo com outras barrigudas sobre gravidez e afins, descobri um monte de coisas que aprendi com a 1a gravidez e não me incomodam tanto (ou nada) nesta 2a:

- Cesárea ou parto normal? Na gravidez do Vítor eu comprei livros sobre parto normal, fiz exercícios, entrei em listas de discussão, troquei de médico aos oito meses porque o meu era cesarista assumido. No fim das contas, o Vítor se enrolou no cordão e não adiantava nem o Papa vir me dizer que isso não era motivo pra cesárea, porque pra mim era e pronto. E no fim das contas, pra mim não faz diferença por qual buraco ele saiu, eu o amei muito, demais. E o pior: falaram tão mal, mas tão mal de tudo e eu achei tudo tão tranquilo, que agora tenho medo é do parto normal! kkk (o desconhecido sempre assusta, né?)

- A hora do nascimento. Quando chega nas últimas semanas, os sintomas se intensificam: dores, cólicas, contrações de Braxton-Hicks... tudo isso faz a gente achar (quer dizer, TER CERTEZA) que a data provável do parto dada pelo médico está ABSOLUTAMENTE errada. E que o bebê vai vir antes, com certeza. Junte-se a isso o fato de que todo mundo começa a dizer que sua barriga tá baixa (ou alta) demais, a ligar dizendo "eu achava que já tinha nascido" e coisas do tipo. A medida que o tempo vai passando, a gente vai ficando ainda mais e mais ansiosa, um saco! Agora quando falam "tá pertinho", eu já falo logo "tá nada, vai demorar muito ainda". Já me basta a minha ansiedade, não preciso da ansiedade dos outros.

- Estrias. Desta vez não gastei rios de dinheiros com cremes caros contra estrias. Da última vez eu me lambuzava inteira todos os dias, com cremes de marcas caras, específicos pra gravidez ou não. O resultado? Fiquei com a barriga igualzinha a um mapa hidrográfico da bacia amazônica. E não estou exagerando não, é verdade mesmo. Eu até pensei em fazer tratamento (caríssimo), mas fui pesquisar antes e descobri que se eu engravidasse de novo, as mesmas apareceriam novamente. O que significa que o dinheiro iria todo ralo abaixo. Pergunta se dessa vez apareceu alguma estria nova!! Nenhumazinha, só as minhas "velhas" amigas mesmo! kkkk

- Peso e alimentação. Parece um pouco com a cantilena do parto normal. Se a gente fizer uma lista das coisas que grávida não pode comer, todas morreriam de inanição. Tudo bem, vamos colocar os pingos nos is: quando comemos uma coisa, nosso corpo se encarrega de "pegar" todos os nutrientes e distribuir "por aí", por meio do sangue. Aquilo que não presta é eliminado, pela urina e pelas fezes. O que é levado para o bebê é o sangue, não o que comemos. Então vamos esquecer aquela história de que tomar café ou coca-cola é a mesma coisa que colocar na mamadeira e dar pro bebê, porque não é.

Devemos evitar? Sim, devemos. Porque cafeína demais faz mal pra gente, quanto mais para o bebê. Assim como devemos evitar outras mil coisas, principalmente o álcool. Mas acredite, tomar uma lata de refrigerante não vai fazer seu bebê nascer diferente do que nasceria se você não tomasse. Em tudo no mundo a gente precisa ter meio termo, não precisamos exagerar, não é?

E o massacre sobre engordar demais? Estou realmente começando a achar que os médicos gordos que não conseguem emagrecer descontam toda a sua frustração na pobre grávida indefesa. Conheço pessoas que engordaram 20, 25, 30 kg na gravidez e todas estão muito bem, obrigada. É saudável? Provavelmente não, mesmo que não estivessem grávidas. Mas alguém acha que o terrorismo que alguns médicos fazem vai realmente mudar alguma coisa? Uma amiga de twitter contou que o dela chegou a dizer que iria fazer uma incisão vertical na barriga dela, já que ela não estava ligando mesmo pro peso. Detalhe: ela engordou 9 kg!!! Não seria muito mais razoável dizer a elas pra procurar uma nutricionista, que orientaria muito melhor, sem terrorismos inúteis?

Só pra constar: desta vez acompanhei toda a gravidez com uma nutricionista, que me orientou o tempo todo, inclusive nas minhas escapulidas. Até agora engordei 12 kg e tô muito feliz com isso. É muito? É pouco? Não tenho idéia, deixo essa preocupação pra ela! kkk

- Conselhos x palpiteiras de plantão. "Se conselho fosse bom, ninguém dava: vendia" Não concordo com isso. Ouvi muito os conselhos legais das minhas amigas que já tinham passado por isso e ainda ouço, adoro! Pra que cometer um erro se eu posso aprender com a experiência do outro? Acontece que conselho é muito diferente de palpite. E que é muito diferente de comentário. Coisas do tipo, "você está imeeeensa", "tem certeza de que é um só?", "como foi que isto aconteceu??" (fui mãe solteira da primeira vez) e "cadê o pai?" não acrescentam nada à sua vida e ainda te deixam mais irritada. O que aprendi: a deixar entrar por um ouvido e sair pelo outro. Confesso que de vez em quando ainda deixo o sangue subir, mas na maior parte das vezes só desabafo no twitter e não desconto na pessoa (embora algumas mereçam). Isso também vale

- Mitos. Nem caio mais nessas. Quando gosto muito da pessoa, esclareço com calma. Quando vejo que não tem futuro, nem ligo. Coisas do tipo: "azia é sinal de bebê cabeludo" (quase morri de azia e o Vítor só foi ter cabelo aos 2 anos), "barriga pontuda é sinal de menino, espalhada é sinal de menina" e "beber água gelada dá pneumonia no bebê". Já até desenvolvi um olhar bem atento e um balançar de cabeça, pra usar enquanto finjo que estou interessada e minha mente vagueia por outras coisas mais importantes.

Bem, por fim, digo que aprendi uma coisa: não existe verdade absoluta. Tudo o que eu disse aí em cima é o que EU acho. Não quer dizer que eu não tenha amizade com pessoas que pensem totalmente diferente de mim. Algumas são MUITO amigas mesmo, porque temos uma coisa em comum: respeito à opinião alheia. Eu acho uma coisa e não tento impor, a pessoa acha outra coisa e não tenta me impor. Pronto, tudo fica bem.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Uma descoberta

Hoje passei o dia mal humorada. Em parte eu achava que era sem motivo, algo hormonal. Em parte foi a falta de paciência com pessoas com as quais a gente precisa explicar a mesma coisa 10 vezes e, no fim das contas, elas continuam entendendo tudo errado. Como é que se desenha pelo msn e pelo telefone? Complicado!!

Bem, mas voltando ao assunto, passei o dia mal humorada, morrendo de calor e cheia de trabalho pra fazer. Ao final do dia eu estava sem saco nenhum de cozinhar pra mim mesma, com enxaqueca e me sentindo insuportável. Me segurei ao máximo pra não descontar no pobre do Vítor, que não tem culpa nenhuma do babado e ainda consegui ler uma historinha pra ele antes de dormir. Aliás, abre um parêntes aqui:

Se tem alguém que não merece que eu desconte alguma coisa é ele, pobrezinho, que tem me ajudado pra caramba nas coisas, principalmente pra lavar roupa. Carrega o cesto de roupa suja pra fora, me ajuda a separar as roupas claras das escuras, separa as meias do Gu pra que eu possa colocar de molho. Depois me ajuda a tirar as roupas da máquina e vai colocando na bordinha (eu não alcanço o fundo da máquina - e ele alcança com banquinho rs) pra que eu pegue e estenda. Isso não é um filho, é um anjo. Pronto, já tô até emocionada... E fecha o parênteses.

Continuando, marido ligou antes de vir pra casa e pergunta se quero alguma coisa. Eu - claro, já choramingando - digo que quero remédio pra minha enxaqueca e qualquer coisa pra comer que eu não precise fazer. Qualquer coisa! Ele ainda demorou um pouco pra alcançar e, gentilmente, quis me fazer participar do processo do escolha, coitado. Não tão gentilmente - lembrem-se de que minha cota de paciência hoje já tinha se esgotado há MUITO tempo - eu expliquei que ele podia trazer o que quisesse, que até podia vir pra casa e cozinhar, que eu comeria QUALQUER COISA, desde que eu não tivesse que fazer.

Ele chegou, eu comi, tomei o remédio e deitamos pra ver tv. Conversamos muito, rimos, ele bateu papo com a Alice e, em menos de meia hora, eu estava outra. E descobri qual era o meu problema: solidão. Eu passo o dia inteiro falando com os meus colegas de trabalho - por e-mail e msn. Passo o dia falando com outras 10 ou 20 grávidas - pelo twitter. Mas passo o dia sozinha e praticamente calada (eu passo o meu dia como estou nessa foto aí do lado). E se considerarmos que ele tem viajado bastante a serviço e que muitas vezes eu passo dias inteiros nos quais a única pessoa que eu tenho pra conversar é o Vítor - que pode ser uma ótima companhia, mas que continua sendo uma criança - podemos considerar que eu ando um tanto quanto isolada do mundo.

O que eu posso fazer? Pouca coisa. Ele precisa trabalhar, ainda mais porque já andei dando umas pressionadas e falando que na semana que a Alice nascer, quero-o por inteiro aqui, nada de trabalho. Eu não posso voltar pro Diretório - a última vez que fui lá por dois dias seguidos peguei uma bela gripe, estou com anemia e com a minha imunidade ainda mais baixa do que a de uma grávida qualquer. O jeito é ter paciência e esperar, porque falta pouquinho...

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Oh, dúvida cruel!

Essa semana, eu e a Alice completamos 35 semanas juntas. Isso significa que, na semana que vem, com 36 semanas, estaremos com 9 meses e faltarão cerca de 3 semanas para que eu a tenha nos meus braços, finalmente.

Mas eu fico na maior dúvida se arrumo ou não arrumo a mala dela pra maternidade. Primeiro eu fiquei em dúvida se usava a bolsa que ganhamos, ou comprava uma mala nova, ou usava a que foi do Vítor, que é azul com bolinhas brancas. Olhei bem, pensei bem e fiquei com a malinha do Vítor. Eu nunca tinha reparado que ela é unissex, o azul é delicado e tem até um babadinho que eu nunca tinha visto antes.

Passada esta primeira dúvida, vem a próxima. Não estará cedo demais? Afinal, o bebê pode nascer a partir de 38 semanas, mas o prazo vai até 42 (apesar que, por conta da intolerância à glicose, a médica disse que não vai esperar mais do que até as 40 semanas). O Vítor só nasceu com 39 e mesmo assim foi uma cesárea programada. Isso quer dizer que só Deus sabe quando ele iria nascer. Então será que eu não estou adiantando demais as coisas?

Aí vem outra preocupação: as coisas da Alice estão mais do que prontas é só colocar na mala, mas as minhas... Consegui comprar nesse fim de semana, como disse uma colega grávida de twitter, os "itens sensuais": os sutiãs de amamentação e as calcinhas pós-parto. Mas não tenho nenhuma (nenhuma mesmo) camisola para o pós parto. Nem um pijaminha que sirva. Ainda faltam as conchas de amamentacão também. E, se der, uma bomba tira-leite. Aff, é muita coisa pra pouco dinheiro e pouco tempo (tempo de sair pra comprar)!

Enfim, estou aqui perdida no meio dessas dúvidas e pensando no que vou fazer. Acredito (e espero) que não da semana que vem isso não passe! rs

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P.S.: Eu estou bem melhor da gripe, muito obrigada por todos os votos de melhoras que vocês deixaram pra mim! A dor passou, mas o nariz ainda escorre bastante e ainda me sinto cansada se faço um pouquinho mais de esforço. Normal de fim de gripe, até que melhorei muito rápido! Se considerarmos que na sexta eu estava um lixo e hoje já estou me sentindo gente novamente, foi "rapidez e eficiência"! rs

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Que dor de garganta chata!


Desde ontem que estou mal da garganta, mas hoje ela me pegou de jeito. Passei o dia pelos cantos, corpo dolorido e muito sono. Não tenho febre, nem tosse, nem nenhum outro sintoma que indique que essa não é apenas mais uma gripe comum, ainda bem.

Na hora do almoço liguei pra médica pra confirmar o que fazer. Ela liberou outro medicamento pra dor, pq o primeiro não faz efeito absolutamente nenhum em mim, ainda bem. De resto, o que eu já estava fazendo: própolis, gargarejo de água e sal, spray de própolis na garganta.

Também vou fazer um cházinho de alho com limão pra dar uma aliviada. Enquanto isso, fico eu perambulando pela casa com essa cara de zumbi...

Decoração do quarto

Quando engravidei, pensamos em decorar o quarto com um tema unissex (já que não sabíamos ainda se seria menino ou menina. Também não queríamos fazer nada demais, já que a casa é alugada e não sabíamos quando iríamos sair dela. Até chegamos a comprar um border de ursinhos para colocar lá.

Alguns meses depois apareceu uma oportunidade, meio que "paitrocinada" pelo meu paizão, e de uma hora pra outra teríamos casa própria! É, eu sei que é um apê relativamente pequeno, que os dois vão ter que ficar no mesmo quarto, mas nada supera o fato de que É NOSSO! Esse dinheiro suado que sai do nosso bolso todos os meses não vai mais descer ralo abaixo, pro bolso dos outros. Sem contar que o condomínio é uma gracinha, com piscina e parquinho, tudo que as crianças vão amar!

Bem, mas voltando ao assunto inicial, depois de tudo o que aconteceu, perdi a vontade de decorar o quarto da Alice. Pra que gastar dinheiro decorando um quarto onde ela vai ficar só dois meses? E mesmo que eu fizesse, o que eu poderia reaproveitar depois, já que o quarto será dos dois?

Um dia, andando pela Leroy Merlin com o Vítor e minha irmã, encontramos uma decoração de quarto linda, que dava pra um quarto misto, sem problemas: fundo do mar. Era um papel de parede (sei lá se pode se chamar assim, já que é só para a parte de baixo da parede) cheio de golfinhos, tubarões e toda a bicharada, como diz o Vítor. Foi paixão à primeira vista, pra nós dois.



Daí então ficou decidido assim. Comprei o kit de berço com tema do mar, nada de cores femininas, como lilás e rosa. Agora passo dias namorando os adesivos de decoração vendidos no Mercado Livre e sonhando com as cores que vamos colocar no quarto desses pequenos!! Olha só alguns que achei:





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