
As vezes fico me perguntando se pode ser isso ou se não é mesmo a situação toda que me deixa assim, meio "down". Trabalhar em casa pode ser bom porque me desgasto menos, mas também tenho menos contato com as pessoas. Além do mais, umas coisas que aconteceram lá me deixaram bem chateada e decepcionada. Um dos advogados queria por que queria usar o meu micro (só servia o meu), sendo que estávamos na véspera do lançamento de nossa nova página, eu estava atolada de serviço, no meio de um backup, com o publicador da página aberto e ao telefone com meu chefe e com o cara que fez a página. Foi um show, ele gritou comigo e até me ameaçou de demissão. Uma beleza. O bom é que você acha que apareceu alguém pra me defender? Que nada. Verdade seja dita que nem eu falei nada, não ia adiantar. O cara estava transtornado e se acha o dono da razão, o que eu poderia dizer que iria mudar a situação. O que mais me chateou é que ele não tinha direito de me tratar assim em situação nenhuma, imagina estando grávida de 8 meses. E, tirando o meu chefe direto, que me pediu milhões de desculpas (sendo que ele sempre foi educadíssimo comigo), ninguém mais se manifestou e parece que vai ficar por isso mesmo, terminar em pizza.
Outra coisa que anda me deixando muito triste é a postura dos pais do Gu. Não que eu achasse que algo fosse mudar depois da gravidez, afinal eles nunca gostaram mesmo de mim. Aliás, falei ontem pra ele: também, você foi escolher a dedo a pessoa que mais irritaria sua família, né? Mais velha, com um filho, que não é rica e ainda por cima, preta! :-) Pelo menos percebo que nem todo o meu humor foi embora ainda. Mas voltando à vaca fria, essa situação que não muda nunca já me cansou. Todas as vezes eu sou forçada (por mim mesma) a esquecer todas as ofensas do passado e ir lá, tentar um recomeço. E todas as vezes ouço a promessa de que "dessa vez vai ser diferente". E, claro, nunca é diferente. Chega ao cúmulo deles acharem que nós é que temos que ir lá (eles moram no interior de São Paulo) para visitá-los, sendo que eles nunca vieram aqui nos visitar! Foram capazes de ir a Caldas Novas, que fica aqui do lado, e nem passar aqui pra ver o próprio filho. Nós é que temos que ir lá. Gravidez de 8 meses?? Que isso, não é problema! Passar umas 10 horas dentro de um ônibus neste estado?? Que nada! Gripe suína?? Besteira!! E, no frigir dos ovos, a culpa - claro - é sempre minha. Porque sou eu a intransigente, mesmo tendo escutado absurdos incríveis sobre mim e mesmo assim ter feito de conta que nada aconteceu e ainda ter ido lá, por amor ao Gustavo. Sorte que pelo menos as coisas falam por si só e o Gu não precisa que eu fale nada para que ele veja a verdade. Sorte que tenho um marido maravilhoso, que está ao meu lado. Mas tudo isso me deixa muito triste, inclusive ver a dor que isso causa nele, a indiferença dos pais quanto à nossa filha, a primeira neta deles.
Bem, mas seja lá o que for, hormonal ou com razão, sei que vou ver o que é possível fazer pra me sentir um pouco mais disposta. Afinal, estou na reta final e agora preciso de toda a energia possível! O desabafo aqui foi providencial, porque ando com isso entalado na garganta há dias.
Prometo que vou tentar, nos próximos dias, trazer uns posts mais alegrinhos. Se Deus quiser, isso estará refletindo o meu humor!